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domingo, 27 de março de 2016

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...O barulho de minhas unhas na mesa estavam irritando até a mim. Já estava a duas horas na delegacia e nada de ser liberada. Até que finalmente:
-Então Srta. Melissa Adams, pela sua ficha posso ver que você é réu primária. O que espanta é o fato de uma garota de 17 anos está envolvida nesses tipos de caso.
-Vocês já conseguiram alguma prova contra mim para me prenderem de vez? Eu estou começando a ficar cansada. 
- Talvez seja melhor você começar a falar o que aconteceu por trás disso tudo e principalmente, entregar o seu companheiro. 
- Companheiro? Sério? -Eu estava começando a achar que não sairia dali tão cedo.
- Nós não sabemos quem ele é, nem o que está acontecendo ao redor disso. Mas você sabe. Então é melhor abrir a boca.
Eu realmente não sabia o que fazer. Tem momentos da vida da gente que começamos a se arrepender de algumas coisas. Eu sabia o motivo exato de estar ali e sabia tudo que havia ao redor também. Mas eu era inocente. Meu companheiro era inocente - pelo menos até um ponto. Revelar o que aconteceu para eles seria assinar meu atestado de óbito. Apesar de que na cabeça de alguns envolvidos, eu já estava morta a muito tempo. 
Se contar a verdade para eles é a minha morte, então que cavem a minha cova. 
Lá vamos nós.

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